Atividade ocorreu no CTG Cancela da Palmeira
O Centro de Ensino Superior Riograndense – CESURG Sarandi vem realizando com os municípios da região uma formação continuada para os professores, a qual é um projeto entre a instituição e as Prefeituras Municipais para ajudar as equipes de educação nesse novo contexto com a pandemia. No início deste mês de julho, dia 05, quem estava vivenciando e adquirindo conhecimento foram os educadores de Novo Barreiro, em formação ocorrida no CTG Cancela da Palmeira.
Os professores do município foram agraciados com a palestra: “E o aluno que não aprende a ler: o que eu posso fazer?”, ministrada pela professora convidada, Cristiane Castoldi Gerevini, Especialista em Educação Especial, Especialista em Atendimento Educacional Especializado e Especialista em Neuropedagogia; juntamente com o professor Me. Renan de Oliveira, Coordenador de Pós-graduação e Extensão e docente do CESURG.
A professora, após a introdução da equipe da Secretaria Municipal de Educação de Novo Barreiro, iniciou o trabalho com o professorado do município abordando um tema inclusivo no meio da alfabetização das crianças, onde alguns alunos não possuem a capacidade cognitiva, por algum motivo a ser diagnosticado, sendo que esta dificuldade implica em termos professores preparados para saber lidar com esta situação.
“A alfabetização é um processo, inicialmente, fonológico – destacou a professora Cristiane, ressaltando ainda que as crianças com atrasos na fala, na compreensão e na ação, de realizar a partir da fala, terão muita dificuldade para a sua alfabetização. Na prática, relatou a professora – “muitos de nossos alunos possuem um comprometimento cognitivo gerado pela falta de estímulos na idade adequada. A linguagem destes alunos é muito comprometida. Os alunos têm sérios problemas/atrasos de fala, vocabulário pobre, processamento auditivo lento ou muito prejudicado. Assim, a “explosão da resposta” é muito lenta. A neurociência vem comprovando que, para estes alunos, o ‘Método Fônico’ é o mais indicado para que a Alfabetização ocorra de forma satisfatória.”
Cristiane ainda compartilhou a informação de que hoje, poucas crianças possuem deficiência ou distúrbios de aprendizagem, a má notícia é que crianças não aprendem a ler e isto pode ser debitado na conta das famílias que não se comunicam, ou se comunicam muito pouco entre si, consequência: sérios problemas de linguagem.
Isto – de acordo com a professora Cristiane, em seu curso ministrado pelo CESURG em Novo Barreiro – “gera uma falta de consciência fonológica, em outras palavras: ouvir e entender”. A linguagem e a alfabetização andam juntas e é na sala de aula que se deve desenvolver esta habilidade, a partir disto a professora desenvolveu as dinâmicas e exemplificou e disponibilizou diversas ferramentas, de como os docentes podem trabalhar para auxiliar estes seus alunos com problemas de linguagem e alfabetização.
A formação continuada realizada pelo CESURG tem o apoio essencial do Curso de Pedagogia, que desenvolve e trabalha com os educadores, além de fazer uma avaliação para os próximos passos de como a educação do município pode seguir com esse novo contexto com a pandemia.