Equipamento é mais simples, mas pode ser utilizado em pacientes com o coronavírus. Máscara atenderá equipes da saúde
Uma equipe de profissionais da Satc está empenhada para auxiliar pacientes com o coronavírus (Covid-19). Duas frentes de trabalho foram montadas nesta semana. Uma atua na elaboração do projeto de um respirador. A outra envolve a produção do protetor de rosto, uma espécie de viseira que protege as equipes da saúde que atuam no atendimento aos infectados.
Desde a última segunda-feira (23), os profissionais estão se reunindo, virtual e presencialmente, para discutir as propostas. O projeto do respirador está exigindo uma atenção diferenciada. “Estamos trabalhando para fazer um protótipo com os materiais que temos, algo que depois possa ser replicado em escala industrial por alguma empresa da nossa região”, afirmou o professor Daniel Fritzen, coordenador do Laboratório Pronto 3D.
O aparelho é importante para doentes que enfrentam a pandemia do Covid-19 e precisam de auxílio para respirar. Nos estudos, unem-se professores e acadêmicos da Engenharia Mecânica e da Engenharia Mecatrônica. Os cursos da Faculdade Satc unem conhecimento para criar o projeto que atenda às necessidades das equipes de saúde. O projeto do respirador ainda está na fase digital. Nos próximos dias a estimativa da equipe é reunir algumas peças que já estão disponíveis e tentar montar o protótipo.
Paralelo a isso, ganha forma na impressora 3D a máscara facial que é usada por médicos e enfermeiros para a proteção individual. “Imprimimos um primeiro modelo, fizemos testes de usabilidade e estamos ajustando”, ressaltou o professor Anderson Daleffe. O suporte da máscara é feito na impressora 3D e recebe uma placa de acetato, uma espécie de plástico mais firme e transparente que protege os profissionais.
Essa proposta de protetor facial para os profissionais da saúde vem reforçar o apelo global das organizações espalhadas pelo mundo todo que possuem impressoras 3D e estão usando essa tecnologia para ajudar na proteção ao Covid-19. Conforme Daleffe, essa placa pode ser feita na máquina de corte a laser, que a Satc também possui. “Como ainda não temos acetato, que é o produto ideal, estamos fazendo testes com os elementos que temos aqui”, informou.
É papel da educação, tanto de alunos quanto de professores, de devolver parte do que aprendem à sociedade. “O que estamos fazendo é atuando em conjunto. Recebemos o arquivo da máscara de outra universidade porque existe um desejo real de achar soluções, de melhorar a vida das pessoas”, afirmou o diretor geral da Satc, Carlos Antônio Ferreira.
Os dois projetos em que a Satc está atuando já receberam atenção da comunidade. “Tivemos o contato de pessoas, que não são da Satc, mas que querem ajudar. Isso mostra como podemos trabalhar juntos, sem a necessidade de um ou outro ser protagonista”, ressaltou Ferreira.